Assange pode ser liberado a qualquer momento; Michael Moore oferece 20 mil dólares para ajudar na fiança

Julian Assange, fundador do WikiLeaks. Foto: michaelmoore.com
Julian Assange, fundador do WikiLeaks. Foto: michaelmoore.com

Várias celebridades em todo o mundo estão se organizando para pagar a fiança de 200 mil libras (315 mil dólares) que o australiano Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, precisa para deixar a prisão.

O jornalista está preso desde o dia 7 de dezembro em Londres e chegou a obter liberdade condicional ontem (14), mas não foi solto imediatamente porque, além da fiança, a Justiça do Reino Unido deu um prazo de 48 horas para os tribunais da Suécia apresentarem provas mais convincentes sobre os crimes sexuais dos quais Assange é acusado.

A motivação para a prisão é mais política do que técnica: Assange é um dos responsáveis pela publicação de mais de 250 mil documentos da diplomacia americana, o que causou imediatamente uma perseguição internacional tanto ao site WikiLeaks quanto a Assange. Atualmente, o jornalista é o inimigo público número um dos Estados Unidos.

Dentre as celebridades que resolveram promover a “vaquinha” está o cineasta americano Michael Moore, um notável crítico da política externa e interna do governo dos Estados Unidos. Moore ofereceu 20 mil dólares e explicou os motivos neste artigo (em inglês).

O fundador do WikiLeaks está com as contas bloqueadas e o site teve as doações financeiras bloqueadas por cartões de crédito, gerando diversos protestos em várias cidades pelo mundo.

Apelação da Suécia contra libertação será analisada quinta 15

A apelação apresentada pela Suécia contra a libertação sob fiança do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, será examinada amanhã, quinta-feira (16/12), na Alta Corte de Londres, informou uma fonte do tribunal à agência AFP.

Os advogados que representam a Suécia, que deseja a extradição de Assange por supostos crimes sexuais contra duas mulheres, recorreram na terça-feira (14) à noite contra a decisão de um juiz de primeira instância que concedeu a liberdade sob fiança ao fundador do WikiLeaks.

À espera da análise da apelação, que deve acontecer no prazo de 24 horas, Assange teve que retornar para a cela onde permanece isolado dos outros presos na penitenciária de Wandsworth (sudoeste de Londres).

Se a Alta Corte rejeitar o recurso dos advogados do governo da Suécia, Assange poderá recuperar a liberdade após o pagamento da fiança de 200 mil libras (315 mil dólares) em dinheiro exigida pela justiça, além de duas garantias pessoais de 20 mil libras cada, informou a AFP.

Neste caso, por ordem do juiz, Assange terá que “morar na mansão de campo de um amigo, o presidente do clube de jornalistas Frontline Club, Vaughan Smith, a 200 quilômetros de Londres, usar uma tornozeleira eletrônica e respeitar um toque de recolher”. Além disso, para evitar qualquer risco de fuga, “terá o passaporte retirado e deverá comparecer diariamente a uma delegacia local”, informa a AFP.

Na semana passada, o presidente brasileiro fez um protesto contra a prisão do jornalista, com repercussão internacional em diversos meios de comunicação.

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