O Papa Francisco. Nós, a vida.

papaO Papa Francisco renova a inocência de um olhar puro sobre a vida. Justiça e paz.

Tenho acompanhado os discursos do Papa Francisco na sua visita pelo Equador e pela Bolívia. Confesso que senti uma profunda emoção ao ouvir as suas palavras sobretudo no II Encontro Mundial de Movimentos Populares, realizado na Bolívia.

Alguém com tanto sentimento e simplicidade. Senti que o Papa falava desde o seu sentimento, desde a sua humanidade, e para a nossa humanidade. Não era um político discursando, tentando se mostrar, ou tentando convencer.

Era uma pessoa sensibilizada com a injustiça e a indiferença, valorizando a ação de quem, na base da sociedade, age em favor de uma realidade mais justa e includente.

Acredito que este seja o motivo pelo qual o Papa Francisco vem nos comovendo, aos humanos: ele não fala desde uma doutrina ou ideologia. Não fala desde o poder. Fala desde a sua humanidade, para a nossa humanidade.

Não tenta nos convencer de nada, repito. Não está tentando defender uma postura ideológica ou doutrinária. Apenas se permite dizer o que vê, o que sente. Alguém que sente pela humanidade como um todo.

Não sei qual poderá ser o efeito destas palavras e atitudes do Papa sobre os poderosos da terra, aqueles que visam o lucro a qualquer custo, aqueles que vivem da dominação e pela dominação.

Mas não tenho a menor dúvida de que o seu recado está ao alcance de qualquer pessoa de boa vontade. Acredito que há toda uma humanidade em movimento na direção de uma vida mais justa, mais humana, mais harmoniosa e pacífica.

A vida é um milagre, algo admirável. O Papa nos lembrou disto, e eu lembro disto muitas vezes. Realmente lembro disto muitas vezes. Cómo é admirável a vida, estar vivo, fazer parte desta inexplicabilidade que nos inclui!

Deixe uma resposta