Entrevista do Papa Francisco durante o voo de volta das Filipinas

De volta de grandes viagens missionárias, tem sido praxe que o Papa Francisco, durante o voo de retorno, conceda entrevista a jornalistas. O mesmo sucedeu em seu mais recente retorno das viagens a Sri Lanka e às Filipinas. A entrevista pode ser conferida no seguinte “link”:

Destaco alguns pontos da entrevista:

– Qual globalização promover? Não, a que se faz impondo-se uma uniformidade, um padrão (sempre ditado de cima), mas a que respeita a diversidade dos povos e das culturas.

– Sobre palavras suas recentes acerca do caso “Charlie Hebdo”, em que alerta para o risco de quem insulta receber uma reação desmedida, reafirmou a importância da liberdade de imprensa, ao tempo em que da prudência que se deve ter, ao exercê-la, não o fazendo de qualquer modo, sem tomar em conta a realidade concreta do nosso mundo.

– Foi também perguntado sobre os momentos mais fortes experimentados, na visita missionária às Filipinas:

* Sentiu-se bastante comovido ante tanta gente que havia sofrido a calamidade natural, há um ano atrás.

* Sublinhou a importância de chorar como excpressão humana de um sentimento de dor. Sobre isto, até evocou uma belíssima oração do Missal Romano, pedindo a Deus que, assim como Moisés, ao tocar a rocha, dela fez sair água, que também da rocha do nosso coração jorrem lágrimas).

– Respondendo à pergunta sobre a praga da corrupção, disse que se trata de um mal terrível, que afeta tantas instituições, inclusive a Igreja (feita também de pecadores). São os pobres as principais vítimas da corrupção. Esta consome grandes proporções da riqueza de um povo. Lembrou que, nos anos 90, recebeu em Buenos Ayres, dois funcionários de um ministério, que, alegando reconhecerem grandes nececessidades dos pobres ali cuidados pela Igreja, lhe ofereceram em torno de 400 mil Pesos (à época, vigia a equiparação Peso-Dólar), sob a condição de que aceitasse dar um recibo da metade… Teve uma reação impactante de indignação.

– Recordou, ainda, em função do que lhe era perguntado, a importância de ser evangelizado pelos pobres, sobre a importância de, não apenas “dar”, mas receber dos pobres, aprender com eles.

– Em mais de uma ocasião, chamou a atenção dos Católicos para o justo reconhecimento do lugar das Mulheres na Igreja, sua fecunda contribuição específica.

Eis alguns pontos que retive da entrevista.

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