‘Tem que tirar poder econômico, não só prender’, diz Freixo sobre milícias

'Tem que tirar poder econômico, não só prender', diz Freixo sobre milíciasPor Luana Freitas, do SRZD

A Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), fechou o cerco contra milicianos que agiam em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, nesta terça-feira (21). Apesar de a ação ter um papel significativo, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) destacou que não basta prender os criminosos.

Em conversa com o SRZD, Freixo disse que a operação é correta, já que a milícia é de forte atuação no Rio e foi identificada na CPI, em 2008, mas ressalta que é preciso mais. “De 2008 para cá, mais de 500 milicianos foram presos, mas o grupo continua crescendo. Porque eles são presos e continuam crescendo no Rio? O mais importante é que, além das prisões, é preciso tirar o poder econômico e territorial”, disse.

O deputado destacou que a formação de milícias não constitui em crime, e para exterminar os grupos de criminosos que atuam prejudicando a população, a CPI citou 58 propostas, incluindo o controle da cobrança do gás e a atuação do transporte coletivo irregular, como as vans piratas. Porém, Freixo lamentou a não adoção destas medidas no combate às milícias.

Entre os acusados presos nesta terça-feira na operação “Capa Preta” estão os vereadores Jonas Gonçalves da Silva e Sebastião Ferreira da Silva, conhecido como Chiquinho Grandão, além de policiais militares e agentes do Exército e da Marinha. A quadrilha é acusada de crimes de homicídio, cobrança de taxas ilegais a moradores da região, ameaça e tortura.

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